O trabalho foi em dupla e toda a parte escrita foi feita por mim. Obtivemos nota 9,0
Segue o trabalho:
Parte 1 Capa:
Faculdades
Integradas Barros Melo
Curso de Comunicação
Social
Habilitação em
Jornalismo
A história dos meios de
comunicação
Televisão “Origem da
TV”
Claris Massena
Prociano Dias
Suany Nery R. Reis
da Silva
Orientador: Prof. Ms. Marcos Araújo
Olinda
setembro/2014
Parte 2 Apresentação:
Apresentação
A televisão é sem dúvida um dos inventos que mais modificou a nossa
sociedade, pois permite o acesso fácil e rápido a um manancial de informação.
Neste artigo pretendemos dar a conhecer um pouco de sua história, como surgiu,
a chegada no Brasil, quais os principais inventores que participaram na sua
formação. As técnicas de transmissão, os aparelhos usados para visualizar
o sinal recebido e as novas tecnologias como a TV Digital fazem parte deste
trabalho. Falaremos também sobre a televisão brasileira e suas empresas de
comunicação, como ela age ideologicamente e sua relação com a indústria
cultural.
Parte 3 Desenvolvimento:
Televisão “Origem
da TV”
1. História
1.1 - Origem
“Os grandes
eventos mundiais, ao passarem diante da câmera, serão realizados no mesmo
instante perante a humanidade”, previu um escritor da revista científica
Lightning, em 1893. As palavras do autor ainda estariam longe de virar
realidade, pois apenas no final do século XIX a base técnica da televisão,
objeto o qual teria capacidade de transmitir os “eventos mundiais”, foi
desenvolvida.
As primeiras transmissões, com imagens
estáticas, se constituíam da varredura em linhas sequenciais que se moviam de
cima para baixo e da esquerda para a direita, com um feixe de luz. Quando a luz
passava, produzia sinais elétricos, que eram transmitidos por cabos ou ondas de
rádio.
Após muitos estudos e experiências de pessoas diferentes, o tubo de raio
catódico foi usado num sistema televisivo, servindo como receptor dos sinais
elétricos. O equipamento transformava esses sinais em energia, mais
precisamente em um feixe de elétrons, e sensibilizava uma tela, formando a
imagem.
Esse aparato foi aperfeiçoado pelo russo Vladmir Zworykin, no início da década
de 20. O cientista criou, e patenteou em 1932, o sistema completo de televisão.
A TV, assim, começou a ser propriamente produzida.
No
entanto, os grandes aparelhos com televisores minúsculos não se popularizaram
facilmente nos primeiros anos. Ainda nos anos 30, o cinema não avistava a
telinha como uma possível rival, a produção dos equipamentos era em baixa
escala, e a nitidez da imagem era precária.
Em
1929, a BBC conseguiu a permissão para lançar um serviço de televisão, ainda em
nível experimental. Dez anos depois, a mais potente estação da época era
instalada na Torre Eiffel, os franceses, assim, também tiveram a oportunidade
de assistir imagens em movimento.
A Segunda
Guerra Mundial, porém, trouxe momentos de baixa à televisão. O serviço
britânico foi suspenso, e, mesmo que continuassem na França e Alemanha, as
outras transmissões ocorriam de forma não regular.
A televisão
apenas ressurgiu em Londres, após a derrota dos nazistas pelos aliados, em
1946, quando o tubo de transmissão foi produzido em escala industrial. A partir
disso, quem não acreditava, viu e quem via, gostava.
1.2- Surgimento no Brasil
A primeira
transmissão de televisão no Brasil foi de uma partida de futebol, em 28 de
setembro de 1948. O responsável foi Olavo Bastos Frias. Em 18 de setembro de
1950, a TV Tupi de São Paulo, fez a primeira transmissão comercial televisiva
do Brasil. Com isso, o país foi o quarto a possuir uma emissora de televisão,
atrás apenas de Estados Unidos, Inglaterra e França. Pouco tempo depois, em 20
de janeiro de 1951, é inaugurada a TV Tupi do Rio na festa de lançamento da
emissora, é uma entrevista do cantor francês Maurice Chévalier, um dos mais
famosos do mundo na época, feita pelo jornalista Arnaldo Nogueira. Essa
entrevista foi realizada no primeiro talk-show da TV brasileira, “Falando
Francamente”, idealizado, criado e apresentado pelo então jornalista.
O principal responsável pela
transmissão foi o jornalista Assis Chateaubriand, dono da então poderosíssima
rede de empresas de comunicação Diários Associados. Ele importou equipamentos e
aparelhos dos Estados Unidos.
Chateaubriand
convidou vários jornalistas e ex-radialistas como Arnaldo Nogueira e pessoas
famosas já naquela época como Hebe Camargo para apresentarem a primeira
transmissão. Arnaldo Nogueira o fez, mas a hoje apresentadora Hebe Camargo
acabou não comparecendo ao estúdio no horário da transmissão. Hebe Camargo
participou das transmissões já a partir do segundo dia da televisão no Brasil.
Em uma dessas apresentações pioneiras, ela teria cantado o "Hino da
Televisão", mas sua participação no primeiro dia de transmissão foi
substituída por Lolita Rodrigues. E Arnaldo Nogueira continuou fazendo muito
sucesso, principalmente no Rio de Janeiro e com a criação de mais dois
programas dele: Senhora Opinião e Ideias e Imagens. Ou seja, pessoas como essas
ditas acima contribuíram e fizeram com que a TV Brasileira atingisse seu auge,
na década em que o Brasil mais cresceu em sua história, a de 1950.
Na
primeira transmissão da TV Tupi (nome que a PRF-3 assumiu dois meses depois),
uma das três câmeras preparadas para a transmissão pifou, mas os operadores
conseguiram transmitir com perfeição. Lima Duarte espalhou a história (que
dizem ser falsa) de que que a causa da pane foi Chateubriand ter quebrado uma
garrafa de champagne na câmara, como se estivesse inaugurando um navio. O show
de inauguração foi no Museu de Arte de São Paulo.
Depois da
TV Tupi de São Paulo 1950 e da TV Tupi do Rio de Janeiro, em 1951, começaram a
surgir várias outras emissoras como a TV Paulista, no ano seguinte.
A Rede
Record de Televisão, fundada em 1953 na Cidade de São Paulo, é a mais antiga
televisão brasileira em existência. Ela se tornou uma rede de televisão de
alcance nacional a partir de 1990, e está presente em todo o mundo através da
Record Internacional.
Em abril de 1965, na Cidade do
Rio de Janeiro, foi fundada a Rede Globo de Televisão, que se tornou hoje a
maior rede de televisão do Brasil, também com alcance em todo o mundo pela
Globo Internacional. Tudo era ao vivo na TV brasileira dos anos 1950 (o videoteipe
só surgiria anos depois). Como não havia profissionais especializados em
televisão, os redatores de rádio eram chamados em grande quantidade, o que deu
à TV brasileira uma cara de “rádio com imagem” em seu início. Hoje não é fácil
acharmos registros (imagens, vídeos, documentos) sobre o surgimento da TV em
nosso país. Mas para contribuir com o enriquecimento de nossa história, Arnaldo
Nogueira escreveu seu livro de memórias que leva o nome de seu primeiro
programa, Falando Francamente. Faleceu no mesmo ano do lançamento do livro, em
2006. O livro possui vários documentos e detalhes do surgimento da TV, como
eram os programas e fala um pouco da vida do jornalista. E também possui
comentários de Franklin Martins: "Nos tempos heroicos da TV, falava-se francamente,
mas o acaso muitas vezes comandava o espetáculo".
Os
teleteatros ao vivo faziam muito sucesso, como o Grande Teatro Tupi e o
Teatrinho Trol. Humorísticos e shows também tinham grande audiência, como o
Noite de Gala, com Flávio Cavalcanti, O Mundo é das Mulheres, de Hebe Camargo,
e a Família Trapo, com Ronald Golias.
2. Meios de
transmissão e Tecnologia
2.1 - Meios de Transmissão
A televisão em sua forma original e até
hoje mais popular, envolve a transmissão de som e imagens em movimento por
ondas de radiofrequência (RF), que são captadas por um receptor (o televisor).
Neste sentido, é uma extensão do rádio. Tendo início na década de 1920, a
televisão moderna se divide em três tendências distintas:
·
Aparelhos de televisões somente.
·
Sistemas integrados com aparelhos de DVD e/ou Vídeo-game montados no
próprio televisor (geralmente modelos menores com telas até 17 polegadas, pois
a ideia é ter um sistema portátil completo);
·
Sistemas independentes com tela grande (monitor de vídeo, rádio, sistema
de som) para o usuário montar as peças como um home theater. Este sistema
interessa aos videófilos e cinéfilos que preferem componentes que podem ser
trocados separadamente.
Há vários tipos de monitores ou
ecrãs de vídeo usados em equipamentos de televisão modernos. O mais comum são
os CRTs para até 40 polegadas diagonais. A maior parte das televisões de tela
grande ou ecrã grande (até mais de 100 polegadas) usa tecnologia de projeção.
Três tipos de sistemas de projeção são usados em televisão : Tubos de raios
catódicos (CRT), LCD (cristal líquido) e circuitos integrados (chips ) de
imagem refletida. Avanços recentes trouxeram telas planas ou ecrãs planos aos
televisores que usam tecnologia de cristal líquido LCD de matriz ativa ou
displays de plasma. Televisores de tela ou ecrã grande e plano têm apenas 4
polegadas de espessura e podem ser pendurados na parede como um quadro. Os
televisores de LCD e Plasma de hoje possuem em média 7,5 cm de espessura e
telas que variam de 3,5 a 65 polegadas.
2.2 - TV Digital
A transmissão digital marca a nova era dos
meios de comunicação e integra o computador e sua interatividade com a
televisão e seu poder de alcance. Nem todos sabem, mas a televisão digital já
era estudada e aprimorada desde os anos de 1970, no Japão. O formato HDTV, que
foi adotado na transmissão da TV aberta no Brasil a partir de 2006 é o modelo
japonês. Contudo, a TV por assinatura já havia adotado o formato digital desde
o ano de 1998, mas a interatividade prometida ainda não havia chegado.
A
TV Digital, implantada há pouco tempo, difere em vários aspectos da analógica,
utilizada desde 1920. A principal diferença está na qualidade da imagem, som e
interatividade. Por ser transmitida via satélite, as ondas que o televisor
recebe dificilmente sofrem interferências, desta forma os famosos chuviscos e
“fantasmas” viraram coisa do passado. Além de melhorar a transmissão, a TV
Digital permite que a imagem transmitida tenha muito mais definição, já que é
possível ter mais de 1080 linhas de resolução.
O
som também acompanha a melhoria das imagens, pois há mais canais de áudio que
acompanham a transmissão das imagens. Além disso, a prometida interatividade,
que ainda não chegou por completo ao Brasil, faz parte das novidades oferecidas
pela TV Digital. Para acompanhar a chegada do novo formato de TV, os aparelhos
precisam estar à altura da tecnologia de transmissão.
Por isso, a cada dia novidades
impressionantes surgem no mercado, como as televisões Full HD, com mais de 100
polegadas, como o modelo TH-103PZ600U da Panasonic, telões e muito mais, sem
contar os Home Theater que transformam qualquer transmissão num espetáculo.
3. Televisão brasileira
na Comunicação Social
Ao nos referirmos aos meios de comunicação
de massa, é importante saber que estamos tratando daquelas formas mais
populares de divulgação das informações. A televisão, em especial, tornou-se um
meio de comunicação de massa a partir do momento que o domínio da tecnologia
possibilitou à maioria das pessoas acesso aos aparelhos de TV. Sendo uma
destas formas de transmissão que atinge grande parte dos lares brasileiros,
divulgando uma série de informações. A mídia televisiva diversifica suas
programações, objetivando adquirir sempre maior público.
O
capítulo da Comunicação Social da nova Constituição brasileira impõe algumas
regras à concessão de canais de rádio e televisão. A partir de sua promulgação
o ato de outorga ou renovação da concessão de uma emissora depende da aprovação
do Congresso Nacional e não apenas da decisão pessoal de quem esteja no
exercício da Presidência da República. Também o cancelamento da concessão ou
permissão, antes de vencido o prazo de dez anos para emissoras de rádio e de 15
para as de televisão, depende de decisão judicial.
Entretanto, o Estado continua a exercer um
forte controle sobre a indústria cultural brasileira, em parte devido à
dependência dos veículos de massa em relação aos subsídios oficiais. Esta
dependência cresce em importância quando se tem conhecimento de que o setor
bancário nacional (a quem as empresas de comunicação recorrem para obter
financiamentos, visando o funcionamento rotineiro ou planos de expansão) é
conduzido ou diretamente supervisionado pelo governo, que é também quem
continua determinando a política econômico-financeira do País através de
decretos, medidas provisórias, portarias.
O modelo
televisivo do Brasil, além de ser dependente da importação de
"software"e "hardware", também é dependente do suporte
publicitário, sua principal fonte de receita. De acordo com informações do
Grupo Mídia/Meio e Mensagem, em 1988, a televisão brasileira ficou com 60,9%
dos investimentos publicitários realizado naquele ano, representando um total
de US$ 2.795.592,34 (McCann-Ericsson, 1990).
O modelo brasileiro de televisão segue, portanto, o modelo do
desenvolvimento dependente. Ela é dependente cultural, econômica, política e
tecnologicamente (Mattos, 1982). Por isso, além de divertir e instruir, a
televisão favorece aos objetivos capitalistas de produção, tanto quando
oportuniza novas alternativas ao capital como quando funciona como veículo de
valorização dos bens de consumo produzidos, através das publicidades
transmitidas. Além de ampliar o mercado consumidor da indústria cultural, a
televisão age também como instrumento mantenedor da ideologia e da classe
dominante (Caparelli,1982).
Parte 4 Conclusão:
4 - Considerações
Finais
Considerando o exposto neste trabalho,
verifica-se que o principal meio de comunicação criado no século XX foi a televisão. Tal afirmação é decorrente
da amplitude de seu consumo pelas sociedades, possível à totalidade das classes
sociais no mundo, e por ser um eficiente meio de divulgação de informações e
ideologias. A TV se popularizou, a tecnologia evoluiu, o preço diminuiu e ela
conquistou a preferência de todo o mundo, formando valores e disseminando
diversas formas de pensar e agir, além de trazer para dentro dos lares uma
cultura variada. É um instrumento de cidadania, pois por meio das notícias
que veicula podemos saber o que está acontecendo no País e no mundo, tomar
posição a respeito de diferentes assuntos, usar a informação como arma para nos
defendermos e fazer escolhas acertadas. Também, como já dito, a televisão
amplia o mercado consumidor da indústria cultural e é uma arma ideológica que
se presta como mais um instrumento de alienação; porém é indiscutível sua
importância no desenvolvimento da sociedade e compartilhamento de informações.
Por fim, esta atividade realizada foi muito significativa, podendo ser
relacionada com a contemporaneidade tanto na sala de aula, como na nossa futura
carreira profissional; e de valor indiscutível para o curso de Comunicação
Social - Jornalismo.
Parte 5 Bibliografia:
Referências
Bibliográficas
- Brasil Escola, site:
www.brasilescola.com/historiag/breve-historia-televisao.htm
- CAPPARELI, Sérgio. Televisão e
Capitalismo no Brasil. 1982
- MATTOS, Sérgio. O Impacto da Revolução
de 1964 no Desenvolvimento da Televisão. 1982
- RIXA. Almanaque da TV. São
Paulo: Objetiva, 2000