quinta-feira, 14 de maio de 2015

Artigo Científico: "A História dos meios de comunicação"

O trabalho foi em dupla e toda a parte escrita foi feita por mim. Obtivemos nota 9,0
Segue o trabalho:

Parte 1 Capa:



   Faculdades Integradas Barros Melo
  Curso de Comunicação Social
   Habilitação em Jornalismo






 A história dos meios de comunicação
Televisão “Origem da TV”

                             
                           
Claris Massena Prociano Dias
Suany Nery R. Reis da Silva



       Orientador: Prof. Ms. Marcos Araújo




        Olinda
               setembro/2014

                                                                 

Parte 2 Apresentação:

Apresentação


A televisão é sem dúvida um dos inventos que mais modificou a nossa sociedade, pois permite o acesso fácil e rápido a um manancial de informação. Neste artigo pretendemos dar a conhecer um pouco de sua história, como surgiu, a chegada no Brasil, quais os principais inventores que participaram na sua formação. As  técnicas de transmissão, os aparelhos usados para visualizar o sinal recebido e as novas tecnologias como a TV Digital fazem parte deste trabalho. Falaremos também sobre a televisão brasileira e suas empresas de comunicação, como ela age ideologicamente e sua relação com a indústria cultural.

Parte 3 Desenvolvimento:

 Televisão “Origem da TV”

1. História

1.1 - Origem

      “Os grandes eventos mundiais, ao passarem diante da câmera, serão realizados no mesmo instante perante a humanidade”, previu um escritor da revista científica Lightning, em 1893. As palavras do autor ainda estariam longe de virar realidade, pois apenas no final do século XIX a base técnica da televisão, objeto o qual teria capacidade de transmitir os “eventos mundiais”, foi desenvolvida.

         As primeiras transmissões, com imagens estáticas, se constituíam da varredura em linhas sequenciais que se moviam de cima para baixo e da esquerda para a direita, com um feixe de luz. Quando a luz passava, produzia sinais elétricos, que eram transmitidos por cabos ou ondas de rádio.

         Após muitos estudos e experiências de pessoas diferentes, o tubo de raio catódico foi usado num sistema televisivo, servindo como receptor dos sinais elétricos. O equipamento transformava esses sinais em energia, mais precisamente em um feixe de elétrons, e sensibilizava uma tela, formando a imagem.

         Esse aparato foi aperfeiçoado pelo russo Vladmir Zworykin, no início da década de 20. O cientista criou, e patenteou em 1932, o sistema completo de televisão. A TV, assim, começou a ser propriamente produzida.

        No entanto, os grandes aparelhos com televisores minúsculos não se popularizaram facilmente nos primeiros anos. Ainda nos anos 30, o cinema não avistava a telinha como uma possível rival, a produção dos equipamentos era em baixa escala, e a nitidez da imagem era precária.

         Em 1929, a BBC conseguiu a permissão para lançar um serviço de televisão, ainda em nível experimental. Dez anos depois, a mais potente estação da época era instalada na Torre Eiffel, os franceses, assim, também tiveram a oportunidade de assistir imagens em movimento.

        A Segunda Guerra Mundial, porém, trouxe momentos de baixa à televisão. O serviço britânico foi suspenso, e, mesmo que continuassem na França e Alemanha, as outras transmissões ocorriam de forma não regular.

        A televisão apenas ressurgiu em Londres, após a derrota dos nazistas pelos aliados, em 1946, quando o tubo de transmissão foi produzido em escala industrial. A partir disso, quem não acreditava, viu e quem via, gostava.

1.2- Surgimento no Brasil

        A primeira transmissão de televisão no Brasil foi de uma partida de futebol, em 28 de setembro de 1948. O responsável foi Olavo Bastos Frias. Em 18 de setembro de 1950, a TV Tupi de São Paulo, fez a primeira transmissão comercial televisiva do Brasil. Com isso, o país foi o quarto a possuir uma emissora de televisão, atrás apenas de Estados Unidos, Inglaterra e França. Pouco tempo depois, em 20 de janeiro de 1951, é inaugurada a TV Tupi do Rio na festa de lançamento da emissora, é uma entrevista do cantor francês Maurice Chévalier, um dos mais famosos do mundo na época, feita pelo jornalista Arnaldo Nogueira. Essa entrevista foi realizada no primeiro talk-show da TV brasileira, “Falando Francamente”, idealizado, criado e apresentado pelo então jornalista.

        O principal responsável pela transmissão foi o jornalista Assis Chateaubriand, dono da então poderosíssima rede de empresas de comunicação Diários Associados. Ele importou equipamentos e aparelhos dos Estados Unidos.

        Chateaubriand convidou vários jornalistas e ex-radialistas como Arnaldo Nogueira e pessoas famosas já naquela época como Hebe Camargo para apresentarem a primeira transmissão. Arnaldo Nogueira o fez, mas a hoje apresentadora Hebe Camargo acabou não comparecendo ao estúdio no horário da transmissão. Hebe Camargo participou das transmissões já a partir do segundo dia da televisão no Brasil. Em uma dessas apresentações pioneiras, ela teria cantado o "Hino da Televisão", mas sua participação no primeiro dia de transmissão foi substituída por Lolita Rodrigues. E Arnaldo Nogueira continuou fazendo muito sucesso, principalmente no Rio de Janeiro e com a criação de mais dois programas dele: Senhora Opinião e Ideias e Imagens. Ou seja, pessoas como essas ditas acima contribuíram e fizeram com que a TV Brasileira atingisse seu auge, na década em que o Brasil mais cresceu em sua história, a de 1950.

       Na primeira transmissão da TV Tupi (nome que a PRF-3 assumiu dois meses depois), uma das três câmeras preparadas para a transmissão pifou, mas os operadores conseguiram transmitir com perfeição. Lima Duarte espalhou a história (que dizem ser falsa) de que que a causa da pane foi Chateubriand ter quebrado uma garrafa de champagne na câmara, como se estivesse inaugurando um navio. O show de inauguração foi no Museu de Arte de São Paulo.

       Depois da TV Tupi de São Paulo 1950 e da TV Tupi do Rio de Janeiro, em 1951, começaram a surgir várias outras emissoras como a TV Paulista, no ano seguinte.

       A Rede Record de Televisão, fundada em 1953 na Cidade de São Paulo, é a mais antiga televisão brasileira em existência. Ela se tornou uma rede de televisão de alcance nacional a partir de 1990, e está presente em todo o mundo através da Record Internacional.
          Em abril de 1965, na Cidade do Rio de Janeiro, foi fundada a Rede Globo de Televisão, que se tornou hoje a maior rede de televisão do Brasil, também com alcance em todo o mundo pela Globo Internacional. Tudo era ao vivo na TV brasileira dos anos 1950 (o videoteipe só surgiria anos depois). Como não havia profissionais especializados em televisão, os redatores de rádio eram chamados em grande quantidade, o que deu à TV brasileira uma cara de “rádio com imagem” em seu início. Hoje não é fácil acharmos registros (imagens, vídeos, documentos) sobre o surgimento da TV em nosso país. Mas para contribuir com o enriquecimento de nossa história, Arnaldo Nogueira escreveu seu livro de memórias que leva o nome de seu primeiro programa, Falando Francamente. Faleceu no mesmo ano do lançamento do livro, em 2006. O livro possui vários documentos e detalhes do surgimento da TV, como eram os programas e fala um pouco da vida do jornalista. E também possui comentários de Franklin Martins: "Nos tempos heroicos da TV, falava-se francamente, mas o acaso muitas vezes comandava o espetáculo".

       Os teleteatros ao vivo faziam muito sucesso, como o Grande Teatro Tupi e o Teatrinho Trol. Humorísticos e shows também tinham grande audiência, como o Noite de Gala, com Flávio Cavalcanti, O Mundo é das Mulheres, de Hebe Camargo, e a Família Trapo, com Ronald Golias.

2. Meios de transmissão e Tecnologia

2.1 - Meios de Transmissão

          A televisão em sua forma original e até hoje mais popular, envolve a transmissão de som e imagens em movimento por ondas de radiofrequência (RF), que são captadas por um receptor (o televisor). Neste sentido, é uma extensão do rádio. Tendo início na década de 1920, a televisão moderna se divide em três tendências distintas:

·         Aparelhos de televisões somente.

·         Sistemas integrados com aparelhos de DVD e/ou Vídeo-game montados no próprio televisor (geralmente modelos menores com telas até 17 polegadas, pois a ideia é ter um sistema portátil completo);

·         Sistemas independentes com tela grande (monitor de vídeo, rádio, sistema de som) para o usuário montar as peças como um home theater. Este sistema interessa aos videófilos e cinéfilos que preferem componentes que podem ser trocados separadamente.

            Há vários tipos de monitores ou ecrãs de vídeo usados em equipamentos de televisão modernos. O mais comum são os CRTs para até 40 polegadas diagonais. A maior parte das televisões de tela grande ou ecrã grande (até mais de 100 polegadas) usa tecnologia de projeção. Três tipos de sistemas de projeção são usados em televisão : Tubos de raios catódicos (CRT), LCD (cristal líquido) e circuitos integrados (chips ) de imagem refletida. Avanços recentes trouxeram telas planas ou ecrãs planos aos televisores que usam tecnologia de cristal líquido LCD de matriz ativa ou displays de plasma. Televisores de tela ou ecrã grande e plano têm apenas 4 polegadas de espessura e podem ser pendurados na parede como um quadro. Os televisores de LCD e Plasma de hoje possuem em média 7,5 cm de espessura e telas que variam de 3,5 a 65 polegadas. 

2.2 - TV Digital

       A transmissão digital marca a nova era dos meios de comunicação e integra o computador e sua interatividade com a televisão e seu poder de alcance. Nem todos sabem, mas a televisão digital já era estudada e aprimorada desde os anos de 1970, no Japão. O formato HDTV, que foi adotado na transmissão da TV aberta no Brasil a partir de 2006 é o modelo japonês. Contudo, a TV por assinatura já havia adotado o formato digital desde o ano de 1998, mas a interatividade prometida ainda não havia chegado.

         A TV Digital, implantada há pouco tempo, difere em vários aspectos da analógica, utilizada desde 1920. A principal diferença está na qualidade da imagem, som e interatividade. Por ser transmitida via satélite, as ondas que o televisor recebe dificilmente sofrem interferências, desta forma os famosos chuviscos e “fantasmas” viraram coisa do passado. Além de melhorar a transmissão, a TV Digital permite que a imagem transmitida tenha muito mais definição, já que é possível ter mais de 1080 linhas de resolução.

         O som também acompanha a melhoria das imagens, pois há mais canais de áudio que acompanham a transmissão das imagens. Além disso, a prometida interatividade, que ainda não chegou por completo ao Brasil, faz parte das novidades oferecidas pela TV Digital. Para acompanhar a chegada do novo formato de TV, os aparelhos precisam estar à altura da tecnologia de transmissão.   

       Por isso, a cada dia novidades impressionantes surgem no mercado, como as televisões Full HD, com mais de 100 polegadas, como o modelo TH-103PZ600U da Panasonic, telões e muito mais, sem contar os Home Theater que transformam qualquer transmissão num espetáculo.

 3. Televisão brasileira na Comunicação Social

        Ao nos referirmos aos meios de comunicação de massa, é importante saber que estamos tratando daquelas formas mais populares de divulgação das informações. A televisão, em especial, tornou-se um meio de comunicação de massa a partir do momento que o domínio da tecnologia possibilitou à maioria das pessoas acesso aos aparelhos de TV.  Sendo uma destas formas de transmissão que atinge grande parte dos lares brasileiros, divulgando uma série de informações. A mídia televisiva diversifica suas programações, objetivando adquirir sempre maior público.

          O capítulo da Comunicação Social da nova Constituição brasileira impõe algumas regras à concessão de canais de rádio e televisão. A partir de sua promulgação o ato de outorga ou renovação da concessão de uma emissora depende da aprovação do Congresso Nacional e não apenas da decisão pessoal de quem esteja no exercício da Presidência da República. Também o cancelamento da concessão ou permissão, antes de vencido o prazo de dez anos para emissoras de rádio e de 15 para as de televisão, depende de decisão judicial.

         Entretanto, o Estado continua a exercer um forte controle sobre a indústria cultural brasileira, em parte devido à dependência dos veículos de massa em relação aos subsídios oficiais. Esta dependência cresce em importância quando se tem conhecimento de que o setor bancário nacional (a quem as empresas de comunicação recorrem para obter financiamentos, visando o funcionamento rotineiro ou planos de expansão) é conduzido ou diretamente supervisionado pelo governo, que é também quem continua determinando a política econômico-financeira do País através de decretos, medidas provisórias, portarias.

        O modelo televisivo do Brasil, além de ser dependente da importação de "software"e "hardware", também é dependente do suporte publicitário, sua principal fonte de receita. De acordo com informações do Grupo Mídia/Meio e Mensagem, em 1988, a televisão brasileira ficou com 60,9% dos investimentos publicitários realizado naquele ano, representando um total de US$ 2.795.592,34 (McCann-Ericsson, 1990). 

          O modelo brasileiro de televisão segue, portanto, o modelo do desenvolvimento dependente. Ela é dependente cultural, econômica, política e tecnologicamente (Mattos, 1982). Por isso, além de divertir e instruir, a televisão favorece aos objetivos capitalistas de produção, tanto quando oportuniza novas alternativas ao capital como quando funciona como veículo de valorização dos bens de consumo produzidos, através das publicidades transmitidas. Além de ampliar o mercado consumidor da indústria cultural, a televisão age também como instrumento mantenedor da ideologia e da classe dominante (Caparelli,1982).

Parte 4 Conclusão:

4 - Considerações Finais


         Considerando o exposto neste trabalho, verifica-se que o principal meio de comunicação criado no século XX foi a televisão. Tal afirmação é decorrente da amplitude de seu consumo pelas sociedades, possível à totalidade das classes sociais no mundo, e por ser um eficiente meio de divulgação de informações e ideologias. A TV se popularizou, a tecnologia evoluiu, o preço diminuiu e ela conquistou a preferência de todo o mundo, formando valores e disseminando diversas formas de pensar e agir, além de trazer para dentro dos lares uma cultura variada. É um instrumento de cidadania, pois por meio das notícias que veicula podemos saber o que está acontecendo no País e no mundo, tomar posição a respeito de diferentes assuntos, usar a informação como arma para nos defendermos e fazer escolhas acertadas. Também, como já dito, a televisão amplia o mercado consumidor da indústria cultural e é uma arma ideológica que se presta como mais um instrumento de alienação; porém é indiscutível sua importância no desenvolvimento da sociedade e compartilhamento de informações.

          Por fim, esta atividade realizada foi muito significativa, podendo ser relacionada com a contemporaneidade tanto na sala de aula, como na nossa futura carreira profissional; e de valor indiscutível para o curso de Comunicação Social - Jornalismo.

 Parte 5 Bibliografia:

 Referências Bibliográficas


- Brasil Escola, site: www.brasilescola.com/historiag/breve-historia-televisao.htm

- CAPPARELI, Sérgio. Televisão e Capitalismo no Brasil. 1982

- MATTOS, Sérgio. O Impacto da Revolução de 1964 no Desenvolvimento da Televisão. 1982

- RIXA. Almanaque da TV. São Paulo: Objetiva, 2000


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